terça-feira, 19 de junho de 2012

Aula Inaugural

Queremos informar que a aula inaugural com Sensei Vargas que seria realizada dia 23/06/2012 foi transferida para o dia 07/07/2012.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Aula Inaugural com Sensei Vargas

Sábado, dia 23/06/2012, teremos treino com Sensei Vargas e Sensei Leonel. Convidamos todos os que puderem prestigiar este evento com Sensei Vargas - 5º Dan  e Sensei Leonel - 3º Dan apartir das 15:00

quinta-feira, 7 de junho de 2012

A arte da não resistência


  Treine a arte da não-resistência utilizando-se da energia de seu atacante, controlando e neutralizando-o sem requerer o uso de força física. Participe de um ambiente de cooperação, amizade e companheirismo, onde as pessoas buscam não apenas o próprio crescimento, mas sim o desenvolvimento de todo o grupo, para que possamos juntos tornar o mundo um lugar melhor, com pessoas melhores.

Assista aos treinos ou participe de uma de nossas aulas sem compromisso e descubra o quê o Aikido pode fazer por você.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Reconciliação

Este texto exemplifica a resolução de conflitos sem uso da força física e consegue mostrar a fundo a idéia do Ai (harmonia) tão presente na filosofia do Aikido e sempre lembrado nas palavras do mestre Ueshiba.
O texto foi escrito por Terry Dobson que na década de 50 foi um dos primeiros americanos a estudar Aikido no Japão, e a se tornar Uchi-deshi (aluno residente) no Hombu Dojo em Tokyo Então vamos lá:
      O trem atravessava sacolejando os subúrbios de Tókyo em uma tarde de primavera. O vagão estava praticamente vazio, com apenas algumas donas de casa com seus filhos e alguns idosos indo fazer compras.
Eu olhava distraído pela janela a monotonia das casas sempre iguais. Chegando a uma estação, as portas se abriram , e de repente, o silêncio da tarde foi rompido por um homem que entrou no  vagão, gritando histéricamente palavras incompreensíveis. Era um homem forte e incorpardo, com roupas de operário. Estava bêbado e imundo. Aos berros, bateu em uma mulher que carregava um bebezinho, a vilência da agressão foi tamanha que fez com que ela caisse no colo de um cassal de idosos. Só por um milagre nada aconteceu ao bebezinho.
Com muito medo, o casal fugiu para outra extremidade do vagão. O operário ainda tentou dar um chute, na senhora, mas errou a mira, mas ela conseguiu espacapar. Isso o deixou em um estado de fúria, que ele agarrou uma haste de metal do vagão e tentou arrancá-la. Pude ver que uma das suas mãos estava ferida. O trem seguia com todos do vagão paralisados de medo. Eu me levante. Na época, eu era jovem e estava em excelente forma física, e vinha treinando muito diáriamente. Gostava de lutar corpo a corpo e me considerava bom de briga. A questão é que minhas habilidades marciais nunca haviam sido testadas em um combate verdadeiro. N´s alunos de Aikido somos proibidos de brigar.
"Aikido" é arte da reconciliação, e aquele que deseja brigar perdeu o elo com o universo. Se tentarem dominar as pessoas estarão derrotados de antemão. Nós estudamos como resolver conflitos, não como iniciá-los. Mas no fundo do coração aguardava uma oportunidade pudesse salvar os inocentes punindo os culpados. Chegou a oportunidade! pensei comigo mesmo enquanto levantava. Há pessoas correndo perigo, e se eu não fizer alguma coisa, talvez elas acabem se ferindo.
Eu estava de pé segurando de leve as alças pressas no této do vagão e olhei para aquele homem com nojo e desprezo. Pensei em acabar com a sua raça, mas precisava que ele me agredisse primeiro.
- Agora chega!gritou ele. Você vai levar um lição. Ele se preparou para atacar. Mas uma fraçãode segundos antes que ele pudesse se mexer, alguém gritou: Ei!
Virei para a esquerda, o bêbado para a direita. Nós dois olhamos para um velhinho japonês que estava sentado em um dos bancos. Devia ter mais de uns setenta anos, esse pequeno senhor, e vesti um quimono impecável. Não me deu a menor atenção mas sorriu com alegria para o operário, como se tivesse um importante segredo para lhe contar.
-Vem aqui - disse o velhinho num tom fraternal e amistoso. - Vem aqui conversar comigo- Insistiu com aceno de mão. Aquele enorme homem obedeceu, mas postou os pés deliberadamente diante dele e gritou por cima do barulho das rodas dos trilhos do trem:
Por que vou conversar com você ?
Ele agora esta de constas para min. Se ele se movesse um milimetro que fosse, eu o esmagaria. Mas o velhinho continuou sorrindo para o operário.
-O que você andou bebendo? - Perguntou com os olhos brilhando de interesse.
-Saquê- Rosnou de volta o operário- e não é da sua conta! Rosnando como um animal enfurecido lançando olhar cheios de raiva     para cima do velhinho.
Que bom, excelente, eu também adoro saquê! Todas as noites, eu e minha esposa aquecemos uma garrafinha de saquê, e vai até o jardim e sentamos em um banco de madeira. Ficamos olhando o pôr-do-sol e vendo com vai indo nosso caquizeiro. Foi meu bisavô quem plantou esta arvores , e estavámos preocupados achando que ele não fosse se recuperar das tempestades de gelo do último inverno. Mas nossa arvorezinha saiu-se melhor do que esperávamos. è muito bom olhar para ela quando levamos uma garrafinha de saquê para apreciar o final da tarde, mesmo quando chove.
 E olhava para o operário, seus olhos reluzentes . O do operário, que se esforçava para acompanhar a conversa do velhinho, foi se abrandando, e seus pulsos aos poucos relaxando.
-É, é bom, eu também gosto daqui, e gosto de caqui.
- É são deliciosos - concordou o velhinho sorrindo. -E tenho certeza que você tem uma ótima esposa.
-Não- disse o operário. -Minha esposa morreu.
Suavemente  acompanhando o balanço do trem, aquele enorme homem começou a chorar.
-Eu não tenho esposa, eu não tenho casa, eu não tenho emprego. Eu só tenho vergonha de min mesmo.
Lágrimas escorriam pelo seu rosto, e um sentimento de desespero dominou seu corpo.
Chegara minha vez. Lá estava eu, com toda minha imaculada inocência juvenil, com toda minha vontade de tornar o mundo um lugar melhor de se viver, sentindo-e de repente mais sujo do que ele.
O trem chegou à minha estação. Enquanto as portas se abriam, ouvi o velho dizer solidariamente:
-Minha nossa! Sente-se aqui e conte-me o que houve.
Voltei-me para dar uma olhada. O operário, não era mais aquele homem imenso, era agora um pequeno garotinho no colo daquele velhinho que afagava com ternura seus cabelos emaranhados.
Enquanto o tem se afastava, sentei-me em um bano da estação. O que eu pretendera resolver pela força fora alcançado por algumas palavras meigas. Eu acabara de presenciar o Aikido num combate de verdade, a sua essência era o amor. Finalmente, reflita sobre esta mensagem e tente praticar o verdadeiro Aikido!
Domo arigato gozaimashita!